Socializando Aulas de Sociologia e Filosofia no Ensino Médio. Curso do Professor Ronaldo Martins Gomes, Professor efetivo na Rede Estadual. Mestrando em Educação no PPGE/UFSCar (Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de São Carlos) linha de pesquisa Educação, Cultura e Subjetividade. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/0047194253283912 Editora Mirian Giannella, coordenadora do Observatório Sociológico, Prof. de Sociologia no Ensino Médio, investigando os movimentos da sociedade.
quarta-feira, 21 de março de 2012
O eu racional (2as séries)
Em Descartes se vê que o eu se percebe enquanto ser existente no ato de pensar, ou seja, é auto referenciado, portanto, dai vem o dito: penso, logo existo (cogito, ergo sum). E essa é a perspectiva do racionalismo, que já foi estudado na 1ª série (vocês lembram devem recordar o racionalismo, o empirismo e o criticismo).
Mas isso é insuficiente quando há a necessidade de demonstrar ao outro minha existência, pois até uma razão muito óbvia, ninguém consegue ler nossos pensamentos ou saber se pensamos o que dizemos que pensamos. Por outro lado, por uma questão de delimitação da discussão, é preciso que se adote um ponto de partida para nosso estudo sobre o eu ou a formação do eu racional. Historicamente há quatro concepções sobre homem usadas na filosofia:
a) a concepção humanista tradicional vê o homem como um ser constituído por uma essência imutável;
b) a concepção humanista moderna centrada na existência, na vida e nas atividades humanas;
c) a concepção analítica que se atém à análise lógica da linguagem, sem explicitar uma visão de homem ou sistema filosófico propriamente dito;
d) a concepção dialética para quem o homem, enquanto ser concreto é o resultado de inúmeras determinações: sociais, históricas, econômicas, políticas, etc.
A perspectiva assumida é a de que o eu é um ser de existência concreta que desenvolve durante sua vida um conjunto de atividades tanto para a subsistência quanto para sua afirmação enquanto ser social; isso envolve elementos da concepção humanística moderna e da concepção dialética de forma complementar. Mas esse eu, não se forma sozinho, antes é uma constante interação com o outro o que desenvolve sua própria formação a partir das relações intersubjetivas construídas na vida coletiva.
Também como limite inicial de nossas considerações, discutiremos a formação do eu a partir do século XVII, período chamado de modernismo, pois esse momento marca novas formas de relações sociais, políticas e econômicas.
Assim o eu racional só se constrói e só se dá a conhecer na presença do outro.
Atividade:
Escolha uma das concepções de homem (a, b,c, d) e pesquise sobre ela na biblioteca ou na internet, depois elabore um texto dissertativo (entre 10 e 20 linhas) explicando o que compreendestes sobre o assunto.
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